Caia a tarde feito um viaduto E um beabado trajando luto
Me lembrou Carlitos
A lua tal qual a dona do bordel Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens lu00e1 no mata-borru00e3o do cu00e9u
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!
Louco!
O bu00eabado com chapu00e9u-coco
Fazia irreveru00eancias mil
Pra noite do Brasil
Meu Brasil!
Que sonha com a volta do irmu00e3o do Henfil
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora
A nossa Pu00e1tria mu00e3e gentil
Choram Marias e Clarisses
No solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente
Nu00e3o hu00e1 de ser inutilmente
A esperanu00e7a
Danu00e7a na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha
Pode se machucar
Azar!
A esperanu00e7a equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar